O membro da diretoria de intermediação imobiliária do Secovi-SP, Flávio Prando, abordou durante mais uma edição do Rodada de Conhecimento, que ocorreu em 28/8, a importância da formalização de contratos de corretor associado como exigência legal fundamental para evitar caracterização de vínculo trabalhista. “A figura do corretor associado é uma exigência legal. Se houver um contencioso trabalhista, a primeira coisa que o judiciário vai verificar é se há uma formalização de um contrato entre a empresa e o corretor de imóveis que o caracterize como corretor associado”, explicou Prando.
Segundo o diretor, a legislação sobre corretor associado foi resultado de uma luta de oito anos, desde 2007, quando o Secovi-SP pleiteou a criação dessa figura jurídica. “Em 2015, se conseguiu incluir três parágrafos na lei do corretor de imóvel que criaram a figura do corretor associado”, destacou. Prando enfatizou que o contrato deve estabelecer uma relação horizontal, não vertical. “O contrato de associação é um contrato que gera uma relação horizontal com o corretor e não uma relação vertical. São relações horizontais que a gente tem”, afirmou.
Roseli Hernandes, apresentou dados sobre o crescimento da profissão e as transformações necessárias no perfil do corretor. “No ano de 2020, a gente tinha 413 mil corretores atuando no Brasil. Quando chegou em 2023, tinha 554 mil, um crescimento de 34%. Mas, quando chega agora, em 2024, nós vamos para 580 mil”, informou Hernandes, citando dados do Creci e Cofeci. Hernandes destacou que, apesar do crescimento no número de profissionais, ainda faltam corretores que gerem resultados consistentes. “Faltam corretores porque se procura corretores que gerem resultados. Se procura corretores, esses resultados têm que ser consistentes, têm que ser recorrentes”, explicou. Ela ressaltou a importância da adaptação tecnológica: “Os corretores têm que adotar processos de tecnologia. Tem, não tem mais outro caminho. O meu dia, antes do que eu fazia, às vezes, um dia inteiro, hoje eu faço em cinco minutos usando a inteligência artificial”.
Sobre o perfil do corretor do futuro, Hernandes foi enfática: “O corretor do futuro deve ser um consultor estratégico e especialista. A estratégia de um corretor, ela se dá se ele tem conhecimento. Se ele não tiver conhecimento da região, do preço, se ele não tiver conhecimento da sua atividade, da legislação, de um contrato para poder orientar o cliente, ele não vai se sentir seguro”. Ela também abordou a importância da sustentabilidade: “Principalmente as novas gerações estão muito preocupadas com sustentabilidade. Tem empreendimento que está sendo feito que eles querem fazer com que o empreendimento tenha uma economia de energia, de água”.
O CEO da Creativeimob, Leonardo Abreu, complementou a discussão focando nas habilidades digitais essenciais para o corretor moderno. “A inteligência artificial é o copiloto de qualquer profissional, seja o corretor, seja o advogado, seja o profissional de marketing”, afirmou Abreu. Ele demonstrou aplicações práticas da tecnologia: “Se eu preciso hoje fazer uma análise de dado, eu consigo pedir para que o ChatGPT assuma a posição de um especialista em dados e consequentemente faça uma análise de qualquer base de informação que eu tiver”.
Abreu destacou a importância das redes sociais para os corretores: “O corretor, hoje, também deve usar a marca da imobiliária e, consequentemente, construir uma marca positiva dentro do Instagram para também levar toda essa autoridade que ele tem na região que ele atua, no nicho que ele atua, para dentro da imobiliária”. Sobre o WhatsApp Business, ele explicou: “O WhatsApp, hoje, é a ferramenta mais poderosa para a troca de mensagens, para uma comunicação mais rápida, para abordagem das pessoas e hoje ele tem uma versão do WhatsApp Business que serve para empresas se comunicarem”.
FONTE: https://secovi.com.br/
Cadastre-se e receba novos imóveis direto na sua caixa de e-mail